Dentro da AGEEP, usamos um vestuário, igual para todos, que está descrito no Cerimonial do nosso Movimento. É esta homogeneidade do vestuário que nos permite falar de uniforme. O uso de um uniforme não é exclusividade das Guias e Escuteiros da Europa, numerosas associações ou organizações usam uniforme. Outros movimentos escutistas estão ligados a esta prática (note-se o carácter universal do uniforme escutista).
O recurso ao uso de uniforme não é casual, mas sim resultado de um certo número de considerações pedagógicas:
• Reconhecer-se e fazer-se reconhecer como membro de uma comunidade, da qual nos orgulhamos e que partilha um mesmo ideal: a comunidade escutista e mais especificamente a das Guias e Escuteiros da Europa (o efeito de grupo e o espírito de equipa que fazem parte da natureza humana e que são um dos traços do Escutismo);
• Identificar-se pelo código oficial das insígnias: região - grupo ou localidade - função - competência;
• Esbater as diferenças sociais (o Escutismo é na sua essência um Movimento de educação popular);
• Estar adaptado à prática do jogo escutista (sólido - cómodo - discreto).
Estas considerações têm como consequência:
• Que o uniforme, sendo propriedade de todos, deve ser respeitado por cada um. Se alguém o modificar (retirando ou acrescentando algo) para afirmar uma particularidade ou a sua individualidade está a trair a comunidade. Nas instituições públicas, civis ou militares, tal acto é proibido e pode ser motivo de sanções. Nós não temos a mesma vocação que elas nem um arsenal diversificado de sanções. A nossa única arma contra esta falta é a censura fraternal e a confiança na lealdade de cada um, numa disciplina aceite livremente;
• Que as Guias e Escuteiros da Europa não podem usar o seu uniforme a não ser em actividades organizadas pelo Movimento. Esta regra simples, de bom senso, não pode escandalizar ninguém, excepto os que utilizariam o seu uniforme para fins pessoais (fins que poderiam ser honrosos mas que não são necessariamente os do Movimento). Tal atitude pode levar à associação do Movimento a actividades nas quais ele não deseja participar. Trair esta ordem é símbolo de deslealdade e falta de confiança. A hierarquia será culpada se não zelar pelo seu respeito;
• Que se o princípio do uniforme deve ser respeitado seriamente, não se deve contudo fazer uma ideia definitivamente estabelecida (imaginem o ridículo em que cairíamos com tal atitude, se corrêssemos os bosques com as nossas perucas empoadas, se houvesse escuteiros no tempo do Marquês de Pombal). Neste aspecto já houve evoluções. Novas alterações não poderão ocorrer senão por motivos pedagógicos e respeitando os estatutos da Associação Portuguesa e os da nossa União Internacional, e não sobre pressão mediática ou para ceder aos caprichos da moda.
in "Livro Branco das Guias e Escuteiros da Europa" - AGEEP © 2004
1 comentário:
Oi,
Me chamo João, tenho 23 anos, sou brasileiro, moro em São Paulo e sou chefe escoteiro (dirigente ou adulto).
Gostaria de manter contato com vocês, conhecendo a prática do Escotismo em Portugal, trocar experiência e até mesmo cartas.
e-mail pessoal/particular: johnnyscouts@yahoo.com.br
Sempre Alerta!
João Dezotti
241°/SP Grupo Escoteiro Quarupe
Enviar um comentário